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domingo, 15 de agosto de 2010

[NES Review] Battletoads



Como diria o Mendigo, "
Não perderás o porrete. Jamais."

Como todos sabem, no final dos anos 80 e início dos anos 90 foi a explosão dos games. Parafraseando o Costinha, "bum, era game pra todo lado". Haviam várias revistas especializadas, muita informação desencontrada, gente tentando encaixar cartuchos de Master System em Atari e poraí vai.

Nessa época, eu adorava jogar Tartarugas Ninja 2 e Megaman 3 do Nintendinho no meu fabuloso famiclone "Computer & Game", e terminava eles todo o fim de semana. TMNT2 eu tinha piratinha e Megaman 3 eu alugava na locadora. Eu sempre conhecia jogos a partir de revistas e de papos com a galera que frequentava a locadora ou na escola. À partir daí, ia atrás do game, pois se tem gente falando, é sinal de que é bom.

Fato é que, belo dia, eu estava terminando pela 89ª vez TMNT2 e meu irmão acabara de voltar da Ponte da Amizade com várias coisas, e, entre elas, um jogo com um sapo com cara de mau na capa. Eu imaginei que esse jogo seria horrível por se tratar de uma cópia barata do fabuloso jogo Tartarugas Ninja. Como a gente dá varada quando é pequeno não?

Eu não tinha nenhuma informação sobre aquele game, logo não tinha passado pela minha cabeça que ele poderia ser lançamento, pois lançamentos só existiam nas locadoras. De toda forma, testei por curiosidade para ver como era. E... quase caí da cadeira.

De cara, os gráficos da nave dos sapos chegando próximo ao planeta já eram espetaculares. E a música da tela de apresentação então? Acho que até hoje somente Battletoads e Buck Bumble do N64 me fizeram ficar pelo menos uns 2 minutos na tela de apresentação prestando atenção na música.

Comecei o jogo. Pimba, já tinha morrido logo no começo. Qualquer criança teria largado o jogo nessa hora e voltado para as Tartarugas Ninja (Óbvio! Todo mundo gosta de Tartarugas Ninja!). Mas não, continuei e joguei, e joguei até meus olhos quase caírem da cara. Esqueci momentaneamente de TMNT (Claro, todo mundo gosta de TMNT... Não dá para esquecer totalmente) e achei que, mesmo sem ter lido nada a respeito e nunca ninguém ter ouvido falar de Battletoads ainda aqui nas terras tupiniquins, o game era bom sim! Acho que foi a partir daí que comecei a perceber que não podemos dar 100% de credibilidade a tudo que lemos e confiar mais nos nossos instintos. Enfim.

Acho que continuei jogando Battletoads pela atmosfera que ele passava. Os efeitos sonoros, os gráficos... Caramba! Quando percebi que as mãos e os pés dos heróis ficavam enormes quando eles davam os "finishes" nos adversários... Que sacada! Como ninguém tinha pensado nisso antes! Aquela botinada não te dava uma sensação de ser tão poderoso quanto o Schwarznegger? A mim sim.

Battletoads tinha todos os ingredientes para se tornar um clássico logo de cara. Personagens muito carismáticos, gráficos que até hoje você percebe o capricho com os quais foram concebidos pela equipe da RARE e sons eram perfeitos... As músicas, incluindo o Rap dos Toads que era tocada no pause do game, eram fenomenais.

Depois que o jogo ficou conhecido, acho que ele virou uma espécie de desafio a ser batido para todos os que tinham NES e os que também não tinham. Se você terminasse Battletoads, você era o cara. Como era difícil esse game... E como é ainda hoje em dia. Tem que ser macho - ou pelo menos ter o dedão feito de adamantium - para ir até o fim do Turbo Tunnel e até o fim da sétima fase, a que você vai com o aviãozinho. Seus dedos doeram no fim dessas fases depois de desviar dos obstáculos? Os meus sim.

É sempre difícil falar de um jogo clássico, mas Battletoads merece que eu pelo menos tente expressar com o meu vocabulário parco o quanto ele foi importante para a minha formação gamística. É difícil encontrar também alguém que não goste de Battletoads (assim como TMNT), a não ser pela dificuldade.

A mecânica do game mistura o famoso beat'em up com pitadas de humor na finalizações dos adversários, fases de velocidade como se fosse um jogo de corrida e meios extremamente criativos de se combater os bosses. Por exemplo o chefe da primeira fase, você vê o sapo na visão do próprio boss e joga pedras em direção à tela.

Fica complicado enquadrar exatamente BT, pois as fases são bem diversificadas, mas tenha certeza de que o jogo entra na categoria ação. O que torna Battletoads um game diferente e dinâmico é que você não fica toda hora fazendo a mesma coisa como andar e bater, o game muda sua mecânica em cada fase.

O som é muito bom. Mesmo. As músicas são perfeitas e todas elas tem a cara da fase em que você está e te dão exatamente o clima do lugar. Quando os bosses entram em cena, a música ganha velocidade e você fica tenso, por conta da música e também porque sua quantidade de vidas vão diminuindo drasticamente.

Pois bem, como eu disse, é sempre muito difícil falar de um game tão bom quanto Battletoads, pois certamente eu não consegui passar toda a sua grandiosidade - apesar de ter 8 bits. Mas tenha certeza de que é melhor jogar e ver por si mesmo, do que ficar lendo o que eu estou escrevendo e imaginar como esse jogo é bom.

Aliás... você vê o quanto você é ruim em Battletoads quando nem com Game Genie você consegue terminar e, depois, vê o Cravinhos jogando a fase do Turbo Tunnel de cuesta! É de-más! É crássico!








Dados do Game:

Plataformas: NES
Jogadores: até 2
Saves?: Rá! Nem save, nem password.
Tempo de jogo: Para o Cravinhos, 5 segundos. Para uma pessoa normal, acho que uns 40 minutos sem warps.
Data de lançamento: Junho de 1991 segundo a Wikipedia.

Notas do Bispo:

Gráficos: 9,5
Som: 10
Jogabilidade: 10
Replay: 9,5
Geral: 9,5

domingo, 28 de junho de 2009

[PC Review] World of Warcraft



A palavra "World" não está aí por acaso.

Pois bem caros e caras. Bispo rendeu-se.

A princípio, jogos de PC nunca me atraíram muito. Cresci jogando consoles plugados na TV e considerava computador uma mera ferramenta de trabalho, que não serviria para diversão. Ledo engano.

Alguns amigos me apresentaram, insistiram e me tentaram com esse título do review de hoje - que sorte a minha! Garanto para aqueles que pensavam como eu, que a Blizzard está para o mercado de jogos de games para PC assim como a Nintendo está para a indústria de jogos para consoles.

Até antes de World of Warcraft, praticamente todos os games da Blizzard constituíam em RTS (Estratégia em tempo real). WoW já está para Action RPG, no estilo de The Legend of Zelda.

Mas o que faz de WoW um sucesso absoluto, diferente dos demais MMORPGs? Um caldeirão de coisas. Talvez, pelo fato da imersão: dificilmente algum outro jogo que vi fez tanto sentido ter uma definição de RPG. Talvez, pelo fato da interação e disputa entre outros players quando estamos jogando, o fator cooperativo, etc, etc. Você acaba tendo uma vida, uma reputação dentro do game.

WoW só funciona de maneira OnLine. Créditos devem ser comprados no site da desenvolvedora para poder jogar, além das licenças das versões. Não se preocupe, os servidores são estáveis, a Blizzard garante o funcionamento de tudo por 24 horas, pelo fato de existirem apenas 8 milhões de assinantes pelo mundo afora.

Apesar de funcionar só OnLine, talvez esteja aí a grande sacada. O fato de você poder cooperar com outras pessoas, conhecer gente nova, jogar com seus amigos pela rede, fazer eventos, participar de raids (raid = monte de gente indo para um dungeon qualquer jogar junto, matar bosses gigantes, conseguir itens raros, e levar por volta de 2~3 horas pra fazer isso tudo) é a grande sacada da Blizzard. E era esse o fato do Bispo sempre ter um pé atrás... Mas hoje, (in?)felizmente, o futuro da jogatina é OnLine, uma vez que é bem difícil reunir aquele seu grupo de amigos que já estão casados para jogar videogame.

São tantos detalhes, que esse post fica pequeno para tudo. Mas imagine um Playfire ou um Orkut, onde as pessoas pudessem criar um personagem próprio, escolhendo entre 6 raças da Aliança ou 6 da Horda e mais várias classes de guerreiros: Magos, Paladinos, Anões, Caçadores, etc. Tenha em mente que Horda e Aliança é algo bem pior que Brasil e Argentina. Sacou? Continuando...

Na atual expansão (Wrath of the Lich King), seu personagem pode chegar até o nível 80. Até chegar lá, você pode fazer praticamente tudo que pode imaginar dentro de um jogo de RPG - e eu não estou brincando. Primeiro, dependendo da sua classe (digamos um Priest) você pode ramificar seus poderes em Holy, Discipline ou Shadow. Dependendo da "carreira" de talentos que você quer seguir, você servirá para bater ou para curar. Fora isso, temos as profissões: você pode se tornar alfaiate, ferreiro, joalheiro, etc, e com essas profissões você pode construir itens que você aprende nos "centros de ensino" ou pegar receitas para fazê-los.

As batalhas são complexas e simples ao mesmo tempo. Você distribui seus talentos e magias (os quais você vai aprendendo de acordo com o nível que você adquire ou a árvore de talentos da classe do seu guerreiro) em grades na tela e sai apertando botões.

O sistema de quests: aceitar missão de algum NPC carente de atenção com uma exclamação acima da cabeça, pode lhe render horas de jogatinas, encontros inesperados com players e inimigos controlados pela máquina, experiência, grana e itens foderosos. Algumas quests devem ser feitas por mais pessoas, pois a dificuldade aumenta. Outra grande sacada.

Com um PC modesto você consegue rodar WoW. Os gráficos são belos, mesmo não jogando com eles no modo máximo. Som também é excelente.

É isso. É um post pequeno para a imensidão que é esse jogo. São 4 continentes, milhares de cidades, milhões de pessoas para conversar e megatons de outras coisas. Espero ter conseguido passar um pouco do que foi adentrar nesse estilo de game.

Para quem está buscando coisa nova pra jogar... WoW é a resposta.









Dados do Game:

Plataformas: PC / Mac
Jogadores: 1, que se conecta a 8 milhões no servidor original ou a um pouco menos em servidores piratas =D
Saves?: Saves no próprio servidor. Você pode continuar de qualquer máquina em que esteja.
Tempo de jogo: O resto da sua vida inteira?
Data de lançamento: Versão Clássica foi em Novembro de 2004 nos EUA da América. A expansão Burning Crusade, em janeiro de 2007 e a última, Wrath of the Lich King, em novembro de 2008. Já existe pré-release da terceira expansão, a Cataclysm, mas sem data definida ainda.

Notas do Bispo:

Gráficos: 9
Som: 8
Jogabilidade: 10
Replay: 10
Geral: 9

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

[NES Review] Metroid



Toda grande saga tem que ter um início arrasador.

O ano era 1997. Eu acho.

Peguei uma SuperGamePower para ler e vi um tal de Super Metroid. Jogo descumunal ao que parecia, cheio de mapas, enorme. Fiquei pensando... cara, deve ser legal. Nunca tinha visto um jogo tão grande, com "1 fase" só. Nada era igual aquilo, para mim era novidade.

Pois bem, aluguei esse game numa sexta e terminei no domingo, pouco antes das 10 (precisava devolver no dia seguinte). A sensação de "imersão" e "você dentro do jogo" foi uma das poucas que senti em tudo que joguei até hoje.

Ok, fechei o jogo e ficou nisso. Houve um grande hiato de Metroid para consoles Nintendo na época do N64, que só veio a ser des-hiatado na época do GBA e do Cube. Nesse período eu havia mergulhado de vez no retrogaming, e ficava passeando pelas locadoras antigas da cidade. Eis que, na mesma locadora em que aluguei Super Metroid, vi o Metroid à venda, versão do Nintendinho. Confesso que comprei pelo nome e pelas lembranças do Super Metroid, jamais havia jogado a versão do NES.

Tempo passou, vendi o jogo para o nosso amigo Ipex. Porém, algumas semanas atrás estava caçando desafio e dei uma chance a Metroid. E aí a gente vê quanto tempo perdemos por puro preconceito =/

O jogo, que a princípio parece mal feito e tosco, é uma obra de arte, muito a frente do seu tempo. Provavelmente naquela época não havia hardware suficiente para obter o resultado que o Gunpeizinho queria, mas mesmo assim o jogo é espectacular. Acredito que esse game é o avô de todos os "dungeons crawlers / corredores enormes / etc" que seguem a linha do Castlevania Symphony of the Night e do próprio Super Metroid.

Depois de passar por Metroid, você vai achar que Super Metroid é mel na chupeta. Porque? SM tem MAPAS e é bem intuitivo, coisa que Metroid não é. Você vai ter que desenhar na mão o mapa ou ter um enorme senso de direção. Os corredores não são tão enormes assim, mas são extremamente confusos e parecidos.

Outro ponto bacana que vai te fazer odiar / amar Metroid, são os itens / passagens escondidos(as). É necessário, na maior parte das vezes, adivinhar onde as coisas estão. Depois de um tempo jogando, seu 7o sentido fica mais aguçado e você acaba por achar as passagens que se tornam óbvias.

A grande sacada na jogabilidade / progresso do jogo, é a sensação bacana que o jogo proporciona de imensidão a ser explorada. Você se sente numa caverna gigante, infestada de inimigos e com um objetivo que é tentar sair sozinhA de lá, vivA. É, vivA. Termine o jogo em menos de 1:30hrs que você vai entender o que estou falando.

Os controles são simples, apenas atirar e pular. De vez em quando, trocar de arma. Nada muito confuso, a resposta é excelente.

Os itens são aqueles já manjados: mísseis, morph ball (nessa versão se chama Maru Mari), bombas para se usar com morph ball, icebeam, varia suit, etc. A sacanagem é você começar com um tiro ridículo que tem 30 centímetros de alcance - haverá upgrade para isso mais adiante, não se preocupe. Temos também as famosas travas de progresso (não sei se é esse o nome técnico), você só conseguirá chegar a determinada parte do mapa se pegar os mísseis para abrir as portas vermelhas, ou a uma determinada plataforma se conseguir o IceBeam para congelar os inimigos e usar o HighJump Boots.

Sobre os gráficos, são daqueles da primeira leva do NES. Se você é exigente, jogue com filtro gráfico no emulador ou jogue o Zero Mission do GBA, já que ele é remake dessa versão. Apesar da simplicidade dos cenários, eles não chegam a ser chatos... mas às vezes é como se você estivesse assistindo um desenho do Tom & Jerry: a mesma janela e abajur passam várias vezes ao fundo, enquanto o Jerry foge do Tom. O som também não é lá grande coisa, mas quebra o galho. Acredito que o que acaba valendo é o alto grau de dificuldade e a caça por passagens secretas.

A história é a seguinte: no ano dois mil e lá vai pançada do calendário cósmico (pegue um no posto da esquina da tua casa, ou no despachante mais próximo), um grupo de bandidos denominados Space Pirates invade uma estação de pesquisa e roubam amostras de formas de vida chamadas Metroids. Esses carinhas tem potencial para serem usados como armas biológicas, e logo, a "polícia" interplanetária escala um de seus melhores agentes para recuperar esses seres - Samus Aran. A missão do(a) agente é adentrar a grande fortaleza e labirinto natural que é o planeta Zebes, recuperar as amostras dos Metroids, e acabar com os Piratas Espaciais liderados por Mother Brain. Fácil.

Esse game foi lançado um anos antes para DiskSystem e teve sistema de saves semelhantes ao de Zelda. No ano seguinte, a versão americana veio com músicas cortadas (não queria espoilear mais, mas... não há sirene ao escapar de Zebes na versão USA, só na DiskSystem) além de um sistema de passwords ao invés de saves para baratear a produção. É felas... PASSWORD num jogo desse porte. Eu amo a Nintendo of America...

Outra curiosidade fica por parte do "GO!" para produção do jogo. Reza a lenda que o presidente da Nintendo na época era um cara extremamente seletivo e chato, que reprovava a maioria dos projetos ao menos uma vez antes de ir para desenvolvimento (inclusive Super Mario). Já Metroid não teve esse problema, o presidente da Nintendo JPN (que não me lembro o nome agora) aprovou Metroid de primeira, por considerar a idéia genial.

Acho que não consegui passar tudo que percebi desse game para vocês, então fica a recomendação para teste. Esse jogo vale muito a pena ser debulhado. Levando-se em consideração que é um game de NES, se você prestar bem atenção nos caminhos na primeira vez que terminar, poderá fechar ele mais facilmente nas próximas vezes para mostrar aos seus amiguinhos que você é FODA (sem trocadilhos!).

É isso aí moçada, parafina do direcional porque a subida de Tourian é osso.







Dados do Game:

Plataformas: Famicom DiskSystem / NES / VirtualConsole do Wii
Jogadores: 1
Saves?: 3 slots no DiskSystem, Password pra versão NES. No VirtualConsole, não tenho idéia.
Tempo de jogo: O Bispo fechou com 2:15hrs mais ou menos. 5 finais diferentes, depende do tempo ao finalizar.
Data de lançamento: 1986 para DiskSystem, 87 para NES, 2007 para Virtual Console

Notas do Bispo:

Gráficos: 8,5
Som: 7,5
Jogabilidade: 9,5
Replay: 8
Geral: 8,5

Esse mapa vai de brinde.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

[NGC Review] The Legend of Zelda - Twilight Princess



A saga "adulta" de Link volta após 8 longos anos de espera.

Sim amiguinhos, 8 anos. O Bispo sentiu na pele essa emoção.

O último jogo de temática mais adulta da série (sem contar os remakes) foi em 1998 em Ocarina of Time para N64 e logo na sequência o famigerado Majora's Mask também para o mesmo console. Fora isso, só me recordo de outros games mais infantis como Wind Waker para o próprio GameCube e Minish Cap para o GBA.

Esse lançamento não teve o mesmo "hype" que fizeram para o Ocarina, mas o jogo vale cada centavo gasto. Twilight Princess é quase perfeito em todos os pontos.

Vou tentar explicar o porque do quase. Como vocês sabem, todo o Zelda tem uma espécie de dois modos de jogo. Por exemplo: Link to the Past tem o mundo normal e o mundo da escuridão. No Ocarina temos o Link criança e adulto. Já em Minish Cap, o Link tamanho normal e o Link "querida, encolhi o personagem principal", e poraí vai. O TP possui também dois modos de jogo, o Link normal e o Link transformado em Lobo. E como estava dizendo... a parte do Link lobo é um veradeiro pé no saco. Mas no fim das contas, o jogo não perde o seu brilho. Além disso, como em Ocarina, você terá um ajudante.

Você começa sua aventura na pequena vila de Ordon, para depois ir para a cidade grande e descobrir que irá se tornar o salvador do mundo.

Você descobrirá que um mago chamado Zant quer tomar o mundo da luz, usando o poder dos Twili. Todas as criaturas do mundo de Link (as pessoas também) serão transformadas em fantasmas - e Link será transformado em um lobo e aprisionado no mundo Twilight. Nesse ponto, surge a sua salvadora e ajudante que irá te acompanhar praticamente o jogo inteiro, Midna. Ela irá lhe ajudar na sua empreitada para reverter esse quadro e tirar Hyrule do estado de Twilight - e de quebra, acabar com Zant. Porém, como sempre... a história promove muitas reviravoltas, então paro por aqui para não acabar com a graça. =D

Os quebra-cabeças estão bem mais difíceis do que em outros games. Fique atento também aos cenários, pois geralmente muitos lugares escondidos não aparecem no mapa, a não ser por uma pequena "falha" em alguns pontos das bordas deste, que podem sugerir uma passagem secreta.

Por falar nisso, Hyrule está mais bela e detalhada do que nunca. Antes, o mapa era uma coisa só. Agora, ele está dividido em várias províncias, e cada província possui um "zoom" para mostrar mais a fundo os locais. A maioria dos lugares já conhecemos de outros games, como a Death Mountain, Kakariko Village, Zora's Domain, etc, só que com visual diferente.

A quantidade de pedaços de corações é de 45, 9 a mais do que em Ocarina. Sem contar os outros itens colecionáveis, como insetos, peixes, etc, etc. Para variar, Epona também está lá, só que nesse game você não irá precisar tanto da ajuda dela como em Ocarina.

A jogabilidade é ótima, e uma das novidades mais legais fica por conta do aprendizado de técnicas de combate e defesa, 6 ao total. Os gráficos são soberbos. Nesse Zelda, a coisa está bem mais séria, e não há aquela cor tão viva que existia nos outros games. Os cenários de Hyrle (principalmente em Hyrule Field, o Templo da Água e a Fortaleza Gerudo) estão absurdamente bem feitos. Chego a pensar que os gráficos desse game ficam pau a pau com God of War do PS2.

A transição de dia para noite ainda existe em Twilight Princess, e a parte noturna é de uma atmosfera digna de uma obra de arte - sei que daqui uns anos alguém vai ler isso e vai dar risada, mas a coisa é próxima da realidade. Além disso, existem itens e inimigos que só irão estar disponíveis à noite, então fique atento. Ainda sobre a parte gráfica, espere para ver em algum momento em que há chuva no cenário, os efeitos de água e transparência são excelentes. Sobre a música... perfeita, como sempre, em todos os games da série.

O Bispo fechou o game com 42 horas, então tenha certeza que será uma imersão animalesca no mundo de Hyrule quando jogá-lo (jogar o jogo, não o Bispo). Realmente Zelda continua uma lenda. Não quero contar o fim do jogo, mas... a(s) batalha(s) final(is) será(ão) mais emocionante(s) do que em Ocarina. E a Princesa Zelda terá uma participação fundamental no fim, diferentemente dos outros títulos da série.

Se você quer um motivo para ter um NGC, esse é o motivo.









Dados do Game:

Plataformas: GameCube / Wii
Jogadores: 1
Saves?: 3 slots por file no memory card.
Tempo de jogo: O Bispo fechou com 42 horas. E você?
Data de lançamento: 19/11/2006. Era para ser Nov/2005, mas sempre há um delay para deixar a gente com mais vontade de jogar.

Notas do Bispo:

Gráficos: 9,5
Som: 9,5
Jogabilidade: 9
Replay: 9
Geral: 9,5

quinta-feira, 12 de junho de 2008

[GBA/PSP Review] Riviera - The Promise Land



E você achando que o céu era um lugar tranquilo...


Talvez, o mais raro dentre todos os jogos de Game Boy Advance. Caso você tenha um, não venda! Ou só venda se tiver que comprar um carro.

Desenvolvido pela Atlus, que hoje em dia está arrebentando a boca do balão, este game chega muito próximo de ser uma obra prima. Tudo nele é quase perfeito, enredo, som e jogabilidade.

Este título inova muito, o esquema de jogo é um lance meio tactics com rpg tradicional. Você não precisa andar pelo cenário fuçando em tudo, é como se você estivesse lendo uma história em quadrinhos. A ação é somente de tela em tela, dando comandos escolhendo em qual direção ir e o personagem se movimenta sozinho. Outra sacada da Atlus, é que você só pode vasculhar o cenário e procurar por itens ou inimigos se mudar o "modo de visão". Em um você comanda a direção, em outro, o game te propõe o que deve ser vasculhado. Por exemplo, se houver uma pedra no chão, você muda o modo de visão e uma seta em cima da pedra irá surgir.

Aí, temos uma novidade. Você só poderá verificar a tal pedra se tiver pontos. Sim, pontos! Uau! Explicando melhor, quando você vence uma batalha você ganha pontos que são usados para vasculhar o cenário. No fim da batalha, quanto maior o seu ranking (depende do tempo e modo que você derrota o inimigo) mais pontos você ganha. Parece até promoção de posto de gasolina.

Não para poraí. O seu personagem só irá ganhar experiência quando você domina 100% de uma arma ou item. Se o personagem que você está usando tem habilidade com espadas, e ele está usando uma arma nova... você terá que preencher a experiência daquela arma (repare nos traços EXP que estão do lado do nome da arma!) para poder ganhar mais experiência. Não se preocupe, existem muitas armas espalhadas pelo jogo para você poder subir o nível do seu personagem.

Existe também o OverDrive Meter, parecida com aquela barra de combo usada nos jogos Marvel vs. Capcom. Quando ela está cheia e você domina por completo a arma que está usando, é possível desferir finalizações animalescas e cheias de clichês com frases do tipo "queime no inferno, demônio mau...". Essa barra é compartilhada entre todos os personagens, portanto se você desferir um golpe que arrebente com ela, ela estará indisponível pelo resto daquela luta - tem essa também... se o golpe for muito forte e a barra estiver cheia, ela se quebra...

A história é mais ou menos assim: Bem antes do período em que o game acontece, houve uma batalha chamada Ragnarok. Os deuses de Asgard foram atacados pelos demônios que habitavam Utgard. Os deuses então, vendo seu fim próximo e sua terra também indo para o buraco, se sacrificaram para criar os Black Winged Reapers, ou talvez anjinhos que fazem trabalho sujo. Cada um tinha sua arma chamada Diviner, que foram usadas para expulsar os demônios de Asgard e limpar Utgard. Depois que Utgard foi limpa pelos moços de asas negras, essa terra passou a se chamar Riviera. Os deuses antes de se sacrificarem, deixaram o poder nas mãos dos Magi, e esses por sua vez passaram essa sabedoria para os Sprites, que passaram a viver em Riviera.

Depois de uma eternidade, a ameaça do ataque dos demônios volta a rondar Asgard e os Magi convocam dois Black-Winged Reapers, Ein e Ledah. Você irá controlar Ein, e nessa deverão ativar a "Retribution", poder este capaz de dizimar todos os demônios e também acabar com Riviera. Agora chega de contar a história, senão perde a graça =D

Tem muita coisa para falar deste game que provavelmente consumiria pelo menos 3 posts, mas deixo para você, caro leitor, a experiência de descobrir o que ele tem a oferecer. Complementando, o som e o gráfico são espetaculares.

Aguardarei ansiosamente por uma continuação.







Dados do Game:

Plataformas: GBA / PSP
Jogadores: 1
Saves?: Saves!
Tempo de jogo: Nunca terminei, dificílimo e comprido.
Ano de lançamento: Segundo a Wikipedia, 2002 (JPN) para WonderSwan, 2004 (JPN) e 2005 (USA) para GBA, 2006 (JPN) e 2007 (USA) para PSP.

Notas do Bispo:

Gráficos: 9,5
Som: 9
Jogabilidade: 9
Replay: 8,5
Geral: 9