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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

[Snes Review] - Super Mario World



Sabe o Mario?

Lembro-me das primeiras imagens de SMW que foram divulgadas nas revistas especializadas em games. Naquela época, os Oito bits ainda reinavam, a SEGA já mostrava a cara do Mega Drive e o Super Famicom já estava despontando lá na terra do Iwata.

Não precisamos dizer que SMW vendeu horrores no ano em que foi lançado, porém não conseguiu bater a marca de seu predecessor, o Super Mario Bros. 3 para NES.

Logo de cara, parecia que os gráficos do game seguiam os padrões de SMB3, porém com muito mais cores, muito mais vida e muito mais detalhe. O que parecia bom já se tornava excelente, com fundos bem desenhados e caprichadíssimos.

E não era somente isso que estava melhorado, os inimigos também ganharam mais detalhes e nosso amigo bigodudo ficou mais definido comparando-se ao Mario de SMB3. Por ser um game de primeira leva do Snes, os gráficos surpreendiam.

Na questão das músicas, várias foram criadas e algumas foram mantidas. As que foram mantidas ganharam novos arranjos e ficaram ainda melhores. Talvez essa seja uma das versões de Super Mario que mais empesteia sua mente com músicas “chiclete”. Os efeitos sonoros... bom, você sabe. Os clássicos efeitos de moedas coletadas, de cogumelos verdes e do pulo do Mario são os mesmos e inconfundíveis.

A jogabilidade é primorosa. Nesse quesito a Big N também capricha e muito. Como o controle do Snes possuía mais botões do que o de NES, a Nintendo fatalmente iria criar alguns recursos novos para aproveita-los. Fora os botões Y e B, já conhecidamente usados para correr e pular, respectivamente, os triggers R e L servem para fazer o scroll da tela e o botão A para fazer um novo pulo giratório.

Uma outra novidade interessante foi a primeira aparição de um personagem que teria enorme importância dali para frente, tanto que praticamente estrelaria junto com Baby Mario no game seguinte para Snes. Estamos falando de Yoshi, o dinossauro verde linguarudo mais simpático de todos os tempos, desde a Família Dinossauros. Ele serve como veículo e arma, já que pode engolir vários inimigos pequenos e depois atira-los. Dependendo do casco que Yoshi engole, também é possível lhe dar poderes especiais, como voar, por exemplo.

A Nintendo talvez tenha percebido que os games dessa linha estavam ficando difíceis ou grandes demais (o que não é problema algum se você for um gamer hardcore) e acabou criando um sistema que permite gravar o progresso na bateria do cartucho.Mas a parada não ia ficar tão fácil assim... fazendo uma nova comparação com o game anterior, em SMB3 não havia diferença entre jogar ou não todas as fases. Nesse game faz, e inclusive, várias fases possuem duas ou mais “saídas” possíveis. Ou seja, se você quer destrinchar o game de cabo a rabo, terá de descobrir todas as 96 (!) saídas possíveis de todas as fases. Uma dica: fique atento para todas Ghost House.

A história é... bem, o nosso amigo Bowser raptou a pobre e indefesa Princesa Peach OUTRA VEZ, e o trabalho de Mario, Luigi, Yoshi e agregados é salva-la do exército Koopa.

Diversão garantida, principalmente pelo título possuir jogabilidade simples e acessível, além de um bom replay, já que o desafio real está em abrir as 96 saídas.

Nota: Super Mario World também está disponível no cart Super Mario All Stars + Super Mario World do Snes!





Dados do Game:

Plataformas: Snes, GBA e Virtual Console
Jogadores: 2, de forma alternada
Saves?: Sim, 3 Slots
Tempo de jogo: Se você for bom mesmo e souber as fases de cabeça, pode contar umas 5 horas. Senão amiguinho, vai ter que comer bastante arroz e feijão : )
Ano de lançamento: Novembro de 1990 no Japão, Agosto de 1991 nos EUA

Notas do Bispo:

Gráficos: 9
Som: 9
Jogabilidade: 9,5
Replay: 8,5
Geral: 9, 5

Joguem criançada! José, obrigado pelas correções!

[NES Review] Startropics



Um teste para a coragem da ilha ou teste sua coragem na ilha?

Bem senhores. Está aqui um outro jogo que separa os homens dos meninos, os fracos dos fortes, os perseverantes dos amadores.

Certamente para os gamers mais experientes e conhecedores, Startropics pode parecer uma cópia de Legend of Zelda. De fato, pode ser que até use a mesma engine de jogo, já que o título é da própria Nintendo.

Chego a acreditar, porém, que os puzzles de Startropics são mais difíceis do que os de Zelda. Até o fim do segundo capítulo o game é jogável. Da metade do terceiro capítulo (são oito no total) em frente, o game ganha dificuldade de forma exponencial, que poderia levar o jogador mais paciente a querer enfiar a cabeça na privada e dar descarga. E o interessante é que isso não te desmotiva, ao invés de querer largar o jogo você vai querer descobrir de qualquer jeito como passar pelo obstáculo.

Os comandos são um tanto estranhos em dungeons, por exemplo quando você vai fazer "curva" com o personagem parece que ele está no Holiday on Ice - isso acaba sendo fator desmotivante para alguns "pastores". Nesse modo de jogo você pode atacar com o seu Ioiô e pular, e a ação e puzzles são o ponto forte. Fora desses locais, em mapas e cidades, a visão é mais ou menos como a de Final Fantasy, andar, conversar com os habitantes, procurar passagens secretas, etc. A variedade de armas também é grande, vão desde espelhos para rebater magias até estilingues e bate-bates.

Os gráficos são muito bons. Como dito, existem duas visões do jogo, uma no mapa e cidades e outra dentro de dungeons. Ambos os modos estão muito caprichados, principalmente nas cores dos cenários e os detalhes dos inimigos que você enfrenta. Até parece que a Rare é que fez este game!

A trilha e os efeitos sonoros são muito bons, nesse game a Nintendo se superou. Ótimas músicas te colocam num clima tropical e tiram a tensão de ter que resolver puzzles de dificuldade 11 numa escala de 0 a 10.

A história é excelente também, você começa com a missão de ir à C-Island para falar com seu tio. Logo na chegada, você descobre que ele foi raptado. Não vou seguir com mais detalhes, por que o rumo muda totalmente depois em que os capítulos vão passando. Curiosamente, até onde joguei não há sidequests, então o game é bem objetivo.

Vale a pena seguir do começo até o fim, com a maior da certeza. No fator inovativo, em uma das partes do game, você terá de molhar o seu manual com água (sim, borrifar água no seu manual de papel que acompanha o game!) para poder prosseguir. Grande sacada!





Dados do game:

Plataformas: NES e Virtual Console do Wii.
Jogadores: 1.
Saves: Bateria.
Tempo médio de jogo: Um pouco mais de oito. Claro, se você conseguir desvendar em tempo razoável.
Lançamento: Dezembro de 1990 para NES e Janeiro de 2008 para o Virtual Console. Pasmem, esse jogo nunca foi lançado no Japão!

Avaliação pessoal do Bispo:

Gráficos: 9
Som: 9,5
Controles:
8
Replay: 8,5
História: 9
Geral: 9