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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

[PSX Review] Klonoa - Door to Phantomile



Taí um jogo que pouca gente conhece, mas que não deve ser desmerecido.

Lembro de quando eu tinha TV a Cabo em casa. Havia um programa chamado Stargame, e um cara gente boa chamado Cristiano Gualda era o apresentador deste programa.

Em um belo dia, o Stargame apresentou um detonado de um game chamado Klonoa: Door to Phantomile. Bem, a princípio, tentei entender o que estava acontecendo na tela. Já havia visto game desse estilo (Pandemonium) mas Klonoa chamava a atenção por apresentar belos gráficos, tais quais das séries Super Mario e Sonic. E esse tipo de coisa era raro para o Playstation, a maioria dos games apresentavam gráficos e temas mais adultos e "dark".

Pois bem. Eu nunca tive paciência para detonados, porém este foi um dos poucos que eu acompanhei até o fim. O jogo me prendeu mesmo sem eu estar jogando e eu assisti o Stargame sem perder uma edição para ver o fim do game. E não tenho do que reclamar.

Sobre o game, a história é a seguinte: Klonoa e seu amigo Huepow , que pelo acaso do destino é usado como arma pelo próprio Klonoa, descobrem que o vilão Ghadius sequestra Diva, responsável por guardar a entrada do mundo dos sonhos. Com ela, Ghadius poderá controlar todos os sonhos de todas as pessoas do mundo. Claro, cabe a Klonoa resgatar a pobre coitada.

A aventura se desenrola por cenários muito bem detalhados e coloridos, num esquema "pseudo-3D". A ação é toda em 2D/plataforma e o cenário se movimentando em 3D, como se Klonoa estivesse sempre no plano em segunda dimensão e o cenário ao fundo ganhasse profundidade. Claro, se os designers não tivessem tanto capricho com o fundo, não seria a mesma coisa. Vide Pandemonium, que em termos de controles é tão bom quanto Klonoa, mas o cenário em si não agrada tanto.

A trilha sonora é excelente, com músicas "chiclete" que te fazem assobiar enquanto caminha pela rua ou enquanto está no banheiro. Os efeitos são bons, com detalhes para os diálogos todos na língua do nosso herói. Porém com legendas né, senão...

Jogabilidade perfeita, no melhor estilo plataforma. Creio que os jogos de hoje em dia deveriam se inspirar neste título, já que vemos novos games com problemas seríssimos em controle de câmera 3D, salvo excessões como Super Mario 64 e Ocarina of Time. Claro, isso é minha opinião, ainda acredito piamente que as empresas que desenvolvem games hoje em dia se preocupam muito com gráficos e deixam a jogabilidade de lado. Mas enfim...

Se você anda procurando um ótimo game de plataforma para passar um tempinho, recomendo Klonoa.





Dados do game:

Plataformas: Playstation One.
Jogadores: 1.
Saves: Memory Card.
Tempo médio de jogo: Umas 4 horas se você não se embananar em um labirinto que tem perto da última fase.
Lançamento: Final de 97 no Japão e metade de 98 nos EUA da América.

Avaliação pessoal do bispo:

Gráficos: 8,5
Som: 9
Controles:
9
Replay: 8
História: 8
Geral: 8,0

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

[SMS Review] Phantasy Star



Taí um jogo que pode levar aqueles caras tipo Nelson a pensar em jogar Master System.

Este game é precursor de uma das grandes sequências de RPG de todos os tempos. Quando foi lançado, pouca gente entendeu a essência do jogo que futuramente iria se tornar referência.

Provavelmente a SEGA desenvolveu Phantasy Star para concorrer com a enxurrada de RPGs feitos para o Famicom na época Áurea. Claro, sabemos que a versão japonesa do NES, o Famicom, tinha RPG a dar com pau e apenas um título somente não conseguiria competir com tantos nomes bons do rival. A menos que o game fosse excelente.

E foi o que aconteceu, Phantasy Star vendeu muito bem no Japão e no ano seguinte já emplacou na terra do BigMac, onde também teve uma aceitação ótima.

No Brasil, a TecToy como vocês sabem também, era responsável pela distribuição dos games da SEGA. Mas havia um problema... Phantasy Star era um jogo com uma quantidade de textos absurdamente grande como é de tradição em qualquer jogo deste tipo e estávamos falando de um mercado infantil que não tinha em sua maioria conhecimento da língua inglesa. Pois bem, a TecToy montou um time de tradutores e passou os textos do game todo para português. Pelo que pesquisei, não pude concluir se realmente a TecToy conseguiu os textos direto da SEGA e refez o game do jeito "certo" ou se contratou meia dúzia de romhackers.

Não era uma tradução excelente por não haver acentos ortográficos e possuir alguns erros, mas pelo pioneirismo é de se aplaudir de pé o esforço da empresa nacional.

Com relação ao game em si, não me recordo na época nenhum RPG trazer um sistema de labirintos 3D em primeira pessoa. Recurso que foi usado em sequências da saga para Mega Drive e em outros jogos como Shinning in the Darkness. Até games de NES acabaram usando essa idéia, um deles provavelmente é Golgo 13.

A história é muito boa, os heróis buscam libertar o sistema Algol das mãos da tirania do ditator Lassic. Tema muito promissor e adulto para a época.

Os gráficos surpreendiam, com belos efeitos visuais nas batalhas e cenários com cores vivas, coisa que dificilmente a paleta do Master permitia. A versão japonesa (sim, sempre a versão japonesa...) trazia um chip de som da Yamaha que melhorava ainda mais as músicas e os efeitos sonoros. Mas mesmo sem esse chip, a trilha e o sfx já eram embasbacantes. Se puderem, testem as roms americana e japonesa para ver a diferença.

Os menus são simples, o que não os deixa pobres em opções. Os controles também são excelentes e simples.

Um jogo desse com texto em português só poderia virar clássico rapidamente entre os donos do Master Saistem aqui no Brasil.





Dados do game:

Plataformas: Se bobear, até pro bule da Vovó tem versão de Phantasy Star. Mas jogar no Master é impagável.
Jogadores: 1.
Saves: Bateria.
Tempo médio de jogo: Por volta de 10 horas se você souber onde tudo está.
Lançamento: Versão japonesa para SMS: 1987 / Versão americana para SMS: 1988 / Versão brasileira: 1991

Avaliação pessoal do bispo:

Gráficos: 9
Som: 8,5
Controles:
9
Replay: 9
História: 9
Geral: 9

Jogue Nelson, jogue!